segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Southbank Centre

Meus dias em Londres estao acabando mas cada dia que passa passo a gostar mais dessa cidade. A minha ultima descoberta foi o Soutbank Centre, um complexo com museu, cinema, e espaco para shows, exibicoes e eventos em frente ao rio e ao lado da London Eye, aquela roda-gigante enorme e famosa construida pela British Airways. O interessante do cinema eh que ele nao passa soh lancamentos, mas sim filmes antigos tambem. Esses dias vi que estavam em cartaz "E ai meu irmao, cade voce?", "Esquecerem de Mim" e mais uma pancada de filmes antigos, muito deles branco e preto. Eu acabei assistindo "Choking Man", um filme muito legal sobre um equatorino que trabalha em um restaurante em Nova York lavando pratos e se apaixona pela garconete chinesa.

Ja que estou falando sobre cinema, nao posso deixar de escrever que assisti tambem ha pouco tempo o filme "Blindness", do Fernando Meirelles. Foi o primeiro filme que assisti no cinema aqui em Londres, minha mae foi comigo, ela estava aqui passando uns dias. Nos dois gostamos bastante do filme, eh sensasional, tem 2 horas de duracao mas quando acabou eu pensei: "Como passou rapido!". O filme foi rodado em Sao Paulo, Montevideo(Ahh, Montevideo!) e no Canada, mas mal da pra distinguir entre elas, soh quem conhece mesmo. Em Sao Paulo, por exemplo, soh apareciam carros importados, os taxis nao eram iguais os convencionais, etc. Eu achei engracado que esse filme estreiou muito antes no Brasil do que aqui em Londres. Mesmo o diretor sendo brasileiro, achei esquisito porque a producao era internacional. Vai saber. E ja faz dias que estou protelando pra ir ver Waltz with Balshir, um filme-desenho israelense sobre um soldado que tenta lembrar de seu passado 20 anos apos ter lutado na guerra de Israel com o Libado na decada de 80. Quero assistir logo!

Voltando agora ao Southbank Centre. Esta acontecendo tambem uma exposicao de fotografia, a World Press Photo 2008. O tema eh o 60o aniversario da Proclamacao dos Direitos Humanos. A grande maioria das fotos retratavam assuntos muito chocantes como a guerra no Afeganistao e Iraque, violencia e trafico de drogas na Colombia, rebelioes e protestos no Quenia, a faccao criminosa do PKK na Turquia, etc. As fotos que mais me marcaram foram as da Benazir Bhutto, antiga primeiro-ministro do Paquistao que estava em exilo politico ha varios anos e que tinha acabado de voltar pro Paquistao. Eram quatro fotos, duas mostrando ela discursando para a multidao pouco antes de morrer e duas logo apos o atentado. Entre esses dois pares de fotos deve ter passado um minuto apenas, achei muito marcante. Essa exposicao reforcou em mim a impressao que infelizmente a Proclamacao dos Direitos Humanos nao teve muita valia. Quem sabe algum dia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Istambul

Estive em Istambul por uma semana no comeco de novembro. Ok, na verdade por seis dias, seria uma semana caso eu nao tivesse perdido o voo de ida por ter ido pro aeroporto errado. Acontece (pelo menos comigo), fazer o que? Pelo menos tenho a desculpa que Londres possui 5 aeroportos, dai fica mais facil de confundir um com outro. E por sorte, soh tive que pegar uma taxa pra poder embarcar no dia seguinte.

De volta a Istambul agora. Essa cidade eh sensacional, enorme e espalhada, antiga, ha mercados e mesquitas por todos lados, barcos cruzando o Bosforo ou o Golden Horn toda hora, pontes, e o mais legal, os turcos sao amigaveis e hospitaleiros ao extremo. Como eu ja antecipei ai em cima, a cidade eh divida em tres partes: O Rio Bosforus divide a cidade em dois continentes, o europeu e o asiatico; o Golden Horn, que tambem se parece um rio mas acaba na cidade mesmo, divide o lado europeu em dois. Por isso, muitas vezes eu tive que pegar um barco pra ir de um lado para o outro. Ao sul de Istambul ficava o Mar de Marmara e ao norte o Mar Negro. Era muito legal caminhar ateh o Mar de Marmara (o Mar Negro ficava muito longe) e ficar observando os barcos e navios cargueiros passar.

Uma das coisas que mais me impressionou em Istambul foi as mesquitas e sua imensidao. Muitas delas sao muito imponentes e se destacam do resto dos predios, sem falar no interior delas, cheias de tapetes e lustres que ficam pendurados a menos de dois metros do chao. Diferente das igrejas, a gente eh obrigado a tirar o sapato pra entrar na mesquitas. Achei interessante tambem que nao tem nenhum banco ou cadeira, os muculmanos rezam em sua maioria ajoelhados. Perto do albergue que eu fiquei, que se revelou sujo, pequeno e velho logo quando eu cheguei, ficava a Mesquita Azul e logo na frente a Haghia Sophia. A Mesquita Azul eh uma das maiores, mais famosas e bonitas de Istambul e a Haghia Sophia era inicialmente uma igreja na epoca do Imperio Bizantino, se transformou em mesquita durante o Imperio Otomano (assim como a maioria das igrejas dessa cidade) e pra acabar a confusao e disputa religiosa, se tranformou finalmente em um museu.

Um dia andando pela cidade com meu guia-de-bolso, entrei em uma pequena mesquita inexpressiva por fora porem maravilhosa por dentro. Algumas pessoas estavam rezando na hora (uma das 5 vezes no dia) e eu fiquei observando. Logo quando o ritual acabou, o pastor veio ateh mim e comecou a conversar, falou que eu era bem vindo e essas coisas. O mais engracado era que ele nao falava quase nada de ingles e ficou tentando me ensinar alguma coisa em turco. Depois nos fomos pro escritorio da mesquita e ficamos tomando o cha turco e ele me mostrando algumas fotos de Istambul. Ateh eu, brasileiro e por isso acostumado com essa coisa de calor humano, fiquei impressionado.

Outra coisa que me agradou bastante nesta viagem foi a comida e seu preco. Kebaps de diferentes tipos por toda esquina e muito mais baratos do que em Londres, era de se esperar ja. Ok, esqueci de falar, o kebap eh um lanche turco que ficou famoso em toda europa. Se parece um pouco com o churrasco grego que tem em Sao Paulo, mas bem melhor! E enquanto o churrasco grego de Sao Paulo eh feito com uma sabe-se la mistura de carnes de vaca, os de instambul ou europa sao preparados com carne de carneiro(Et) ou frango(Tavuk). Comi tambem Kafta, sanduiche de peixe e abobrinha recheada com carne e hortela, uma delicia! Mas na maioria das vezes eu comia kebap mesmo por causa do preco e praticidade.

Os turcos sao os reis da arte de vender, comprar e negociar. Antes de ir pra la ja tinha escutado que eles pedem um preco altissimo no comeco e que no fim das contas acabam vendendo por menos da metado do valor original. Um dia fui eu no Grand Bazar (um bazar imenso cheio de lojas e corredores, um verdadeiro labirinto) dar uma olhada em tapetes. Entrei em uma loja e perguntei o preco de um tapete. Custava 120 liras. Muito bem, sou estudante meu amigo, eu disse. Ok, te faco por 100 entao, ele respondeu. Achei muito caro ainda e ele logo disse que faria por 80, que era o preco de custo do tal tapete. Falei que nao tinha dinheiro e que soh estava pesquisando os precos. E dai ele foi abaixando, abaixando, ateh chegar na bagatela de 40 liras, ou seja, um terco do primeiro preco! O engracado eh que eles falam apos um minuto de conversa: "Ok, pra voce que eh meu amigo eu te faco por tanto!". Preciso dizer ainda que o vendedor ficou muito puta na hora que eu rejeitei o tapete por 40 liras, virei as costas e fui embora!

Antes de ir pra Instanbul eu li bastante sobre a cidade, sua historia, povo, etc. Li tambem dois livros (Neve e Istambul) do Orhan Pamuk, o escritor atual mais famoso da Turquia. Nos livros ele fala bastante do conflito Ocidente-Oriente, ocidentalizacao de Istambul e da Turquia, modernizacao da cidade, entre outros. Mesmo sendo a cidade mais diferente que eu visitei, eu imaginava uma cidade ainda menos ocidentalizada, era bem dificil ver mulheres usando a burkha e carros importados e luxuosos eram muito faceis de serem vistos. Por falar em carros, o transito em Istambul eh um horror, os motoristas buzinam por qualquer coisa, pior que em Sao Paulo.

Fui embora de Istambul feliz por ter feito e visto varias coisas, muitas delas novas pra mim. Eu ficava o dia inteiro andando pela cidade, muitas vezes sem rumo, me perdia e de repente achava alguma coisa interessante. Fiz questao tambem de andar pelas partes da cidade onde nao haviam turistas, pra sentir como eh a cidade na verdade. Tomara que um dia eu volte pra Istambul!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Covent Garden e seus cultos moradores


O pub em que eu trabalho fica em Covent Garden, um bairro sempre cheio de turistas, atracoes no meio da rua, teatros, operas, mercados, pubs e restaurantes. Resumindo, eh um lugar bem movimentado e animado, o problema eh quando eu estou atrasado pra trabalhar e tenho que ficar desviando dos turistas. Eles sempre formam um circulo enorme pra assistir a essas apresentacoes em que o magico enrola a plateia por meia hora soh pra escapar de uma corrente amarrada no corpo. Haja paciencia, eu particularmente nao tenho.

Eu fiquei sabendo que em Covent Garden eh o unico lugar em Londres em que esse tipo de apresentacao eh permitido oficialmente e os artistas tem que serem aprovados pelo conselho do mercado e marcar hora pra se apresentar! A mesma coisa dos musicos do metro de Londres, nao eh soh chegar do corredor da estacao e comecar a tocar, eles precisam de licensa para isso.
Eu gosto do Covent Garden Market, um mercado com varios tipos de lojas e restaurantes. Nao que eu sempre compro alguma coisa nele, ateh porque eu nao tenho dinheiro pra ficar gastando assim, mas eh legal caminhar por ele as vezes.

Todo dia depois do trabalho eu caminho ateh o ponto de onibus e no caminho eu sempre vejo alguns mendigos dormindo no canto da calcada. Mas ateh a vida de mendigo aqui em Londres eh mais facil, todos eles tem um saco de dormir que da um show em qualquer um que eu ja vi ou usei no Brasil e o que mais me chamou a atencao foi ver um dos moradores de rua lendo o jornal! Agora nao sei dizer ao certo se ele estava interessado somente nas figuras e propagandas ou se queria entender a causa da crise dos bancos no mundo todo.

sábado, 18 de outubro de 2008

Sobre o DAAD e bolsa na alemanha

Boas novas. Na verdade, otimas novas: ganhei uma bolsa pra fazer um curso de alemao na Freie Universitaet Berlin! Recebi o e-mail do DAAD (Deutscher Akademischer Austausch Diesnt - Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) faz uns 3 dias e mal pude acreditar na hora que vi! Eu tinha mandando os papeis pra concorrer a essa vaga um pouco antes de vir pra Londres e pra falar a verdade estava esperando ansioso pelo resultado.

Sera um curso de alemao, cultura e literatura alema de um pouco mais de um mes de duracao e comeca no inicio de janeiro. Eu sei que no ano passado foram 6 semanas, nesse ano nao sei ainda ao certo. Pelo que eu entendi tambem, essa bolsa contempla estudantes universitarios do Brasil, Australia e Nova Zelandia. Existem quatro cidades pra fazer esse curso: Berlin, Essen, Freiburg e Leipzig. O melhor de tudo eh que eu estudarei em Berlin, a cidade entre as 4 que eu mais tenho vontade de conhecer/morar por um tempo. Na verdade qualquer cidade seria legal, mas Berlin era a minha primeira escolha.

O DAAD eh um instituto de cooperacao Brasil-Alemanha que da bolsas pra estudantes de graduacao, mestrado, doutorado, escritores, professores, etc. Eu sei que dois escritores brasileiros que eu gosto bastante, Joao Ubaldo Ribeiro e Ignácio de Loyola Brandão, ja moraram na Alemanha as custas do DAAD pra escrever um livro. Eles acabaram escrevendo tambem outro livro cada um contando a experiencia de morar na alemnha. O Joao Ubaldo escreveu "Um brasileiro em Berlin" e o Ignácio de Loyola "O verde violentou o muro", o primeiro mais engracado e leve e o segundo mais critico e incisivo. Quero ler os dois de novo antes de ir!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dublin


Passei os tres ultimos dias em Dublin, capital da Irlanda. Cheguei la 8 da manha no sabado (sem ter dormido quase nada, tive que sair antes das 3 da manha de casa) e voltei pra Londres segunda no final da tarde. Essa cidade eh muito agradavel, interessante e as pessoas sao bem amigaveis. Muita gente diz que Dublin eh uma mini Londres. Por um lado eh verdade, os pubs estao espalhados por todos lugares, a arquitetura eh bem similar, o tempo eh bem parecido, bastante turistas, etc. Mas como Dublin eh bem menor, o ritmo da cidade muda completamente. Sair de Londres e ir pra Dublin me Lembrou bastante quando eu estava em Buenos Aires e fui pra Montevideo. Sao cidades parecidas em alguns aspectos mas como o tamanho muda bastante, outras coisas se tornam bem diferentes tambem.

O albergue que eu fiquei era simpatico e bem localizado. Ficava numa ruazinha (Litton Lane) bem perto do rio e do centro da cidade. Era soh sair do albergue que eu ja estava no centro da cidade. O legal de Dublin eh que da pra ir pra maioria dos lugares e atracoes a peh. Bom para a saude e pro bolso. Dublin tem um castelo e varias igrejas e catedrais muito antigas. Mas o que eu gostei mesmo foram alguns predios modernos ou as casas coloridas que ficam em frente ao rio.

Os irlandeses adoram beber, acho que ir para o pub eh o apice da diversao deles. Existe uma regiao na cidade chamada Temple Bar onde varios pubs famosos estao localizados. Eh bem legal sair la a noite e caminhar pelas ruas cheias de gente. O pub que eu trabalho em Londres comecou na verdade na Irlanda. Em Dublin eu achei dois deles mas nao cheguei a entrar. E eh em Dublin tambem que fica a fabrica (principal, maior?) da Guinness, aquela cerveja preta e choca, no Brasil ela nao eh muito famosa. Eh o tipo de cerveja que ou voce ama ou odeia. Eu particularmente nao gosto mas mesmo assim fiz o tour pela fabrica. Eu achei que fosse caminhar pela fabrica mesmo e ver o processo produtivo, mas na verdade esse tour eh em uma parte isolada onde conta como a cerveja eh produzida, historia, qualidade, etc. O parte boa do tour eh no final, no 7o andar do predio, onde eles dao uma pint de Guinness. A vista eh incrivel, eh uma sala redonda com vidro por toda a parede.

Outro lugar muito legal em Dublin eh a National Gallery of Ireland. Boa parte do predio da galeria foi construido ha pouco tempo e eh bem interessante. A entrada eh bem alta e cumprida com varias escadas. Achei varios quadros legais, o duro eh que era proibido tirar foto e eu esqueci ja de quase todos os nomes dos pintores. Um que eu me lembro eh o W.B. Yeats, irlandes. Os quadros dele sao bem coloridos e vivos. Tinham tambem quadros de pintores famosos como Van Gogh e Picasso. A ala que eu mais gostei foi a dos pintores irlandeses conteporaneos, vou tentar achar o nome deles. Como na maioria das galerias e museus de Londres, a entrada era gratuita. O bolso agradeceu de novo.

Como Dublin nao eh muito grande e a gente tinha um dia sobrando, eu e a Cristela (minha amiga que mora na mesma casa que eu e companheira de viagem) pegamos um trem e fomos pra uma cidadezinha nos arredores de Dublin chamada Bray. Essa cidade fica na costa e era bem pequena. De Bray nos caminhamos ateh a proxima cidade, Greystones. Deu 2 horas de caminhada! Valeu a pena pela vista, do lado esquerdo o mar e do direito a montanha. Na volta a gente escolheu o trem. Foi bem diferente sair de Dublin e conhecer outros lugares mais calmos na irlanda, mesmo que ainda bem perto da capital.

Eu nao sabia, mas na Irlanda eles tem duas linguas oficiais: o ingles e o celta. Em todas as placas as indicacoes estao nas duas linguas. A lingua celta eh muito diferente, nao tinha nada em comum com o ingles, tinham umas coisas esquisitas tambem como uma palavra que comecava com letra minuscula, depois maiuscula e o resto minusculo de novo, tipo: dUblin.

Na hora de ir embora calculamos errado o tempo do onibus que ia pro aeroporto e quase perdemos o voo, foi por pouco! Eu ja estava comecando a ver o proximo voo pra Londres e nao quero nem pensar mais nisso. Corremos todo o corredor de embarque que nao acabava nunca, no meio dele eu vi uma placa dizendo: "10 minutos andando ateh o terminal". Correndo do jeito que eu corri deve ter dado soh 2. No fim das contas deu tudo certo; a decolagem foi daquelas em que o piloto entra na pista e sem parar ja acelera o aviao e sai do solo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Cotidiano (2a tentativa)

As coisas aqui em Londres estao indo bem. Continuo trabalhando na cozinha do pub, fazendo de tudo um pouco e aprendendo coisas novas todo dia. Tenho trabalhando mais ou menos 20 horas por semana. Nao eh muita coisa mas eh legal que ja da pra pagar minhas contas e me sobra um tempo livre ainda. Normalmente eu trabalho 4 dias na semana: sabado, domingo e mais outros dois que variam conforme a semana. O problema de trabalhar na cozinha eh que quase todo dia eu me corto ou me queimo, as vezes os dois. Alguns dias atras um prato quebrou na minha mao, o corte foi feio dai. O head-chef mau humorado voltou das ferias dele mas me parece que ele esta um pouco (bem pouco) mais amigavel agora. Ateh brincadeira ele fez esses dias. Ele falou pra eu experimentar uma carne e ver se estava boa, dai eu perguntei se era carneiro e ele falou que era tartaruga. Eu fiquei um pouco espantado e logo depois perguntei de qual pais que vinha a tal da carne de tartaruga. Ele respondeu: "Nao eh tartaruga nao, eh carneiro mesmo, hehe". Maneh.

Faz duas semanas que eu comecei a trabalhar em outro lugar tambem. Eu fui em uma agencia de emprego e eles me mandaram nas duas semanas pra trabalhar na Royal Society of Medicine. Eh legal que eu vou na agencia e falo os dias que eu posso trabalhar e eles arrumam alguma coisa pra fazer. O lado bom eh que eu nao tenho compromisso de sempre trabalhar no mesmo lugar, eu vou la quando eu quero e escolho os dias. Nas duas semanas eu trabalhei como garcom, na passada foi uma festa pra um canal de TV bem famoso daqui (Channel 5) e nessa semana foi um jantar pra um congresso de medicina que estava acontencedo aqui em Londres.

As aulas de ingles estao sendo boas mas estou comecando a ficar com preguica de ir. Varios alunos novos entraram pro nivel que eu estou agora. Tem gente de todo lugar: Russia, Romenia, Iraque, Italia, Colombia, e eh claro, Brasil. Esses dias eu descobri que a iraquiana nao pode nem dar um aperto de mao em outro homem. O brasileiro que estendeu a mao ficou sem graca, coitado.

Todo dia que eu ando de metro eu vejo um cartaz do Linha de Passe, filme brasileiro dirigido pelo Walter Salles e mais uma mulher que eu nao me lembro o nome. Eu fiquei espantado porque em todo lugar tem a propaganda do filme e faz tempo ja que eles colocaram no metro e ainda continua la. Fiquei com bastante vontade de assistir mas ateh agora nada. Outro filme que eu vi o cartaz no metro que me chamou atencao eh o Gomorrah. Eh um filme sobre a mafia italiana, o cartaz propaganda foi muito bem feito, tem varias fotos dos trechos do filme. Estao falando que eh o melhor "gangster movie" desde Cidade de Deus. Estreia dia 10 de outubro.

Ja me aconteceu 3 vezes de pegar o onibus pra voltar pra casa depois do trabalho e encontrar o mesmo cara sentando no mesmo lugar. Ateh ai tudo bem, o engracado eh que ele fica tocando gaita durante todo o trajeto! Ele nao se importa nem se incomoda com os olhares de censura e reprovacao que os outros passageiros lancam pra ele! Ele me lembra muito uma peca rara de Campo Grande, o Paulo do Radinho, que ficava o dia inteiro na avenida mais movimentada da cidade escutando musica e dancando com um radio vermelho que ele apoiava no ombro. Na minha cabeca eu apelidei o maluco de Londres como Zeh da Gaita.

Agora uma noticia chata: meu maior companheiro de Londres me decepcionou. A tela do meu iPod que eu tanto escutava quebrou. Pelo menos da pra ver um pouco ainda na parte de baixo, tomara que continue assim. Me parece que cada dia que passa eles inventam coisas que duram cada vez menos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Jumento humano

Escrevi um post inteiro e antes de enviar quis salvar apertando ctrl + c mas acabei apagando tudo. Fica pra depois, paciencia tem limite.

Vou aproveitar soh pra colocar um link com umas fotos aereas de Londres que meu amigo Rodrigo me mandou: http://www.boston.com/bigpicture/2008/08/london_from_above_at_night.html